LIBERDADE

Ao Sr. Kfouri… o filho.

Ariovaldo Ramos

Não é direito do ser humano, ter ou não ter fé?
E não é um direito explicar a vida a partir da fé?
Se perde, não é um direito buscar consolo na fé?
E se ganha, não é um direito atribuir a superação ao deus em que crê?
Se não há deus, por que a ira contra quem não existe?
Logo, é ira contra seres humanos no exercício do direito de explicar a sua vida, e atribuir a sua vitória a quem quer que seja.
E como eu saberia que o articulista não tem fé, se não o tivesse dito no espaço onde deveria falar de futebol?
E se alguém, ao ver a demonstração de fé dos atletas, decidir buscar essa fé, não lhe será um direito?
E se, ao ouvir o articulista, decidir pelo ateísmo, isso não lhe será um direito?
Por que essa celeuma sobre o que é apenas o exercício de direito?
O fato de eu não gostar de ouvir algo, não tira do outro o direito de falar.
O fato de eu não gostar de como alguém comemora os seus feitos, não lhe tira o direito de o fazer.
Direito: faça valer!

Completando:

Qual o problema em alguém expressar sua fé ?
Por que se pode comemorar bebendo e não orando ?
Por que torcedores invadem o campo num ato fanático e idólatra para arrancar as vestes de jogadores e os jogadores não podem agradecer ao seu Deus (seja ele qual for) ?

A FIFA que deveria cuidar de futebol está equivocada em querer meter o bedelho onde não lhe compete. Tantos escândalos de campeonatos violados, tantos erros de arbitragem em plena copa do mundo, tanta falcatrua que virá junto com possíveis arrecadações ilícitas em construções de novos estádios no Brasil (coisa que qualquer boçal percebe a real intenção). E a FIFA preocupada em proibir manifestações de fé ?
Realmente o futebol que nasceu no berço da burguesia, teve forças pra se tornar o esporte do povo e novamente esta sucumbindo diante dos interesseiros gananciosos moralistas e ditadores.

Nos nossos estádios brasileiros não se pode mais fazer festas, foi-se o tempo onde bandeiras tremulavam, pó de arroz e papel picado davam tons carnavalescos, claro que a violência tem sua parcela de culpa para o fim disso, mas violência que de outro setor social que não é hora de falr sobre agora. Hoje existem cadeiras numeradas, se na hora da compra de um ingresso o seu for numero X e de seus filho Y, vocês tem de se sentar separados.
Já não basta essa modernidade enganosa que unicamente interessa aos que “arrecadaram o seu” agora não se pode professar sua fé ?

Fifa, Kfouri e qualquer outro ditador fundamentalista, a fé faz parte do povo, e ninguém tem o direito de privar a expressão da mesma, seja ela qual for.
Pegam no pé do Felipe Melo pois sempre comemora os gols gritando “glória a Deus”, pegam no pé principalmente do Kaká por ele falar um palavrão, pura hipocrisia, pois ele é humano e todo humano fala palavrão, e aquele que não permite um palavrão não é um “ducado” mas um mero moralista.
Nesta hora ele é Kaká quando fala um palavrão é julgado como uma pessoa religiosa e de fé, mas na hora de comemorar não pode ser.
Apesar de eu Will ter nojo da igreja onde  Kaká congrega (por divergencias teológicas e de pontos de vista), fiquei muito feliz em ver que ele é humano quando soltou aquele palavrão naturalmente, Kaká parabéns, não pelo palavrão em si, mas pela atitude espontâneamente humana...E continue assim, desse jeito, na sua igreja (repito, apesar de não gostar dela, é ela que te faz feliz) E jamais deixe de dar graças ao nosso Deus por incomodar algum moralista.
Se for campeão tomara que repitam a oração no meio campo mesmo com proibição da FIFA e use aquela camisa por baixo que sempre usa "I belong to Jesus" (eu pertenço a Jesus)
Soli deo gloria, Glórias somente a Deus.

Sinceramente Juca e FIFA, vão procurar o que fazer, na verdade vão fazer o que lhes compete, ao Juca ser um jornalista e não um crítico de usos e costumes muito menos sobre fé coisa pelo qual ele mesmo diz não ter nem acreditar, e a FIFA cuidar do futebol, coisa que não faz bem a tempos.




quarta-feira, 30 de junho de 2010 às 14:50

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